Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 28
Filter
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 1937-1948, jul. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447847

ABSTRACT

Abstract The aim of the current research is to analyze the coexistence of modifiable risk behaviors for cardiovascular disease (CVD) in 12-to-17-year-old adolescents living in Brazil and their influence on overweight. National, cross-sectional, school-based epidemiological study focused on estimating the prevalence of cardiovascular risk factors and metabolic syndrome in 12 to 17 year old adolescents enrolled in public and private schools in Brazilian counties accounting for more than 100 thousand inhabitants. The grade of membership method was used to identify the coexistence of risk factors among adolescents. The analytical sample comprised 71,552 adolescents. According to the two herein generated profiles, adolescents classified under Profile 2 have shown behaviors such as smoking, alcohol consumption and diet rich in Ultra-processed food intake ≥ 80% of the percentage of total caloric value. In addition, adolescents presenting CVD risk profile have shown increased likelihood of being overweight. The study has found coexistence of risk factors for CVD in Brazilian adolescents, with emphasis on tobacco smoking and alcoholic beverage intake. In addition, it heads towards the analysis of the association between CVD risk factors and health outcomes, such as overweight.


Resumo O objetivo desta pesquisa é analisar a coexistência de comportamentos de risco modificáveis para doenças cardiovasculares (DCV) em adolescentes de 12 a 17 anos residentes no Brasil e sua influência no excesso de peso. Estudo epidemiológico nacional, transversal, de base escolar, com foco em estimar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica em adolescentes de 12 a 17 anos matriculados em escolas públicas e privadas de municípios brasileiros que somam mais de 100 mil habitantes. O grade of membership foi utilizado para identificar a coexistência de fatores de risco entre os adolescentes. A amostra analítica foi composta por 71.552 adolescentes. De acordo com os dois perfis gerados, os adolescentes classificados no Perfil 2 mostraram comportamentos como fumar, consumo de álcool e dieta rica em alimentos ultraprocessados ≥ 80% da porcentagem do valor calórico total. Além disso, adolescentes com perfil de risco para DCV mostraram maior probabilidade de apresentar excesso de peso. O estudo encontrou coexistência de fatores de risco para DCV em adolescentes brasileiros, com destaque para tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, demonstra associação entre fatores de risco para DCV e desfechos de saúde, como o excesso de peso.

2.
Rev. Inst. Adolfo Lutz (Online) ; 82: 39153, maio 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS, CONASS, ColecionaSUS, SES-SP, SESSP-ACVSES, SESSP-IALPROD, SES-SP, SESSP-IALACERVO | ID: biblio-1527487

ABSTRACT

A busca por um padrão alimentar mais saudável, bem como fatores éticos e de sustentabilidade relacionados ao consumo de carne, vem fazendo com que a cada dia mais pessoas se tornem adeptas a dietas à base de plantas. Concomitantemente, com o aumento de adeptos a essas dietas, vem crescendo nos países ocidentais a oferta de alimentos industrializados de base vegetal, que tem como objetivo substituir os produtos cárneos. O presente estudo comparou os rótulos de produtos de origem animal (POA) e seus análogos de origem vegetais (POV) comercializados nas principais redes de supermercados da grande Vitória, Espírito Santo, e avaliou a contribuição nutricional deles ao consumidor. Foram avaliadas 80 embalagens de produtos, sendo 42 de POA e 38 POV. POV, quando comparados aos POA, não apresentaram diferenças (p > 0,05) quanto ao valor calórico, proteínas, gordura total, gordura saturada e sódio. Se sobressaindo apenas no maior teor de carboidratos e fibras e em não possuir gorduras trans em sua composição. Assim, conclui-se que, os POV possuem equivalência em alguns dos constituintes nutricionais analisados. Por isso, se não há restrições para o consumidor, seja por questões de saúde, cultura ou hábito, a substituição de POA por POV não se faz nutricionalmente tão superior. (AU)


The growing interest in healthier eating patterns, coupled with ethical and sustainability concerns about meat consumption, has led to a rise in the adoption of plant-based diets. In response to this trend, Western countries have witnessed a surge in the availability of plant-based processed foods aiming to replicate meat products. This study examines the labels of commercially available meat products (MPs) and their plant-based alternative (PbAs) found in major supermarket chains in greater Vitória, Espírito Santo, Brazil. It further evaluates their nutritional content and potential impact on consumer choice contribution to the consumer. Eighty product packages were assessed, comprising 42 MPs and 38 PbAs. Compared to MPs, PbAs showed no significant differences (p > 0,05) in caloric value, protein, total fat, saturated fat, or sodium. Notably, PbAs had higher carbohydrate and fiber content and no trans fats. Therefore, PbAs offer comparable levels of several analyzed nutrients. Consequently, in the absence of specific dietary restrictions (health, cultural, or habitual), substituting MPs with PbAs does not confer significant nutritional advantages. (AU)


Subject(s)
Diet, Vegetarian , Nutritional Facts , Food Labeling , Food, Processed
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(4): 1219-1228, abr. 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1430180

ABSTRACT

Resumo A alimentação adequada tem profundo impacto na saúde dos idosos, e uma especial atenção deve ser dada ao consumo de açúcares de adição na dieta, que em excesso está associado a pior controle das doenças crônicas nesta fase. O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência do consumo de açúcares de adição de idosos da região de Campinas-SP, seus fatores associados e suas principais fontes alimentares. Trata-se de estudo transversal realizado na região de Campinas-SP, com amostra de conveniência de 586 idosos. O consumo foi obtido por meio de dois recordatórios de 24 horas, sendo inadequado se >5% do consumo energético total. Também foi calculada a contribuição dos alimentos em relação ao teor total de açúcares. Considerou-se nível crítico de p<0,05. O consumo médio de açúcares de adição estava acima do recomendado (7,0%), inadequado em mais da metade da população estudada, sendo o açúcar de mesa e o mel as principais fontes dietéticas. A prevalência de inadequação do consumo foi maior entre mulheres (69,8%; p=0,004) e em indivíduos com baixo peso (83,7%; p=0,014), e o consumo foi menor em portadores de diabetes (47,8%; p<0,001). Os resultados apontam para que sejam elaboradas ações de saúde e nutrição a fim de garantir um consumo adequado de açúcares nesta fase.


Abstract Adequate nutrition has a profound impact on older adults' health. Therefore, special attention should be given to the dietetic intake of added sugars, which in excess is associated with poorer control of chronic diseases in this phase. The aim of the study was to evaluate the prevalence of consumption of added sugars in older adults in the Campinas-SP region, its associated factors, and its main dietary sources. A cross-sectional study was conducted in the region of Campinas-SP, with a convenience sample of 586 older individuals. Intake was obtained using two 24-hour food recalls, and values >5% of total energy consumption were considered inadequate. The contribution of the groups and foods in relation to the total content of sugars was also calculated. A critical level of p<0.05 was considered. The average intake of added sugars was higher than recommended (7.0%), and this inadequacy was observed in more than half of the sample, being table sugar and honey the main dietary sources. The prevalence of inadequate consumption was higher among women (69.8%; p=0.004) and individuals with low weight (83.7%; p=0.014), and lower in those with diabetes (47.8%; p<0.001). Results indicate that health and nutrition actions should be developed to ensure adequate sugar intake at this stage.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(supl.2): e00081422, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513930

ABSTRACT

Abstract: The study aimed to estimate the prevalence of minimum dietary diversity (MDD) and consumption of ultra-processed foods in children 6-23 months of age according to sociodemographic variables. Three indicators of complementary feeding of 4,354 children from the Brazilian National Survey on Child Nutrition (ENANI-2019) were built based on a questionnaire about food consumption on the day before the interview: MDD, consumption of ultra-processed foods, and MDD without the consumption of ultra-processed foods. The prevalence and 95%CI were calculated, stratified by macroregion; race/skin color, education and work status of the mother or caregiver; enrollment in the Brazilian Income Transfer Program; household food security; sanitation; and child enrollment in daycare/school. The overall prevalence of MDD was 63.4%, with lower prevalences among children who lived in the North Region (54.8%), whose mothers or caregivers had 0-7 years of education (50.6%), and lived under moderate or severe food insecurity (52.6%). Ultra-processed foods were consumed by 80.5% of the children, with the highest prevalence in the North Region (84.5%). The prevalence of MDD without ultra-processed foods was 8.4% and less prevalent among children with black mothers or caregivers (3.6%) and among those whose mother or caregiver had 8-10 years of education (3.6%). The most frequently consumed food groups from the MDD indicator were grains, roots and tubers (90.2%), dairy products (81%) and those from ultra-processed food were sweet or salty cookies/crackers (51.3%) and instant flours (41.4%). The ubiquitous presence of ultra-processed foods in the diets of Brazilian children and the low frequency of diversified foods, especially among the most vulnerable populations, indicate the need to strengthen policies and programs to ensure adequate and healthy infant nutrition.


Resumo: O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de diversidade alimentar mínima (DAM) e consumo de alimentos ultraprocessados em crianças de 6-23 meses de acordo com variáveis sociodemográficas. Três indicadores de alimentação complementar de 4.354 crianças do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) foram construídos com base em um questionário sobre o consumo alimentar do dia anterior à entrevista: DAM, consumo de alimentos ultraprocessados e DAM sem consumo de alimentos ultraprocessados. Foram calculadas as prevalências e IC95%, estratificados por macrorregião; raça/cor da pele, escolaridade e situação profissional da mãe ou cuidador; inscrição no Programa Bolsa Família; segurança alimentar do domicílio; saneamento; e matrícula da criança em creche/escola. A prevalência geral de DAM foi de 63,4%, com menores prevalências entre crianças que residiam na Região Norte (54,8%), cujas maẽs ou cuidadores tinham de 0-7 anos de estudo (50,6%) e entre aquelas que viviam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave (52,6%). Os alimentos ultraprocessados foram consumidos por 80,5% das crianças, com maior prevalência na Região Norte (84,5%). A prevalência de DAM sem alimentos ultraprocessados foi de 8,4%, sendo menos prevalente entre crianças cuja mãe ou cuidador era negro (3,6%) e entre aquelas cuja mãe ou cuidador tinha 8-10 anos de estudo (3,6%). Os grupos de alimentos do indicador DAM mais consumidos foram os cereais, raizes e tubérculos (90,2%), os derivados do leite (81%) e os dos alimentos ultraprocessados foram os biscoitos (51,3%) e os cereais instantâneos (41,4%). A onipresença de alimentos ultraprocessados na alimentação das crianças brasileiras e a baixa frequência de diversidade alimentar, especialmente entre as populações mais vulneráveis, indicam a necessidade de fortalecer políticas e programas para garantir uma nutrição infantil adequada e saudável.


Resumen: El objetivo del estudio fue estimar la prevalencia de diversidad alimentaria mínima (DDM) y consumo de alimentos ultraprocesados en niños de 6-23 meses según variables sociodemográficas. Se construyeron tres indicadores de alimentación complementaria de 4.354 niños de el Estudio Nacional de Alimentación y Nutrición Infantil (ENANI-2019) a partir de un cuestionario sobre el consumo de alimentos el día anterior a la entrevista: DDM, consumo de alimentos ultraprocesados y DDM sin consumo de alimentos ultraprocesados. Se calcularon la prevalencia y los IC95%, estratificados por macrorregión; raza/color de piel, situación educativa y laboral de la madre o cuidador; inscripción al Programa Bolsa Familia; seguridad alimentaria del hogar; saneamiento; e inscripción de niños en guarderías/escuelas. La prevalencia general de DDM fue del 63,4%, con prevalencias menores entre los niños que vivían en la Región Norte (54,8%), cuyas madres o cuidadores tenían entre 0-7 años de escolaridad (50.6%) y los que vivían en inseguridad alimentaria moderada o grave (52,6%). Los alimentos ultraprocesados fueron consumidos por el 80,5% de los niños, con mayor prevalencia en la Región Norte (84,5%). La prevalencia de DDM sin alimentos ultraprocesados fue del 8,4%, siendo menos prevalente entre niños de padres negros (3,6%) y con 8-10 años de escolaridad (3,6%). Los grupos de alimentos más consumidos del indicador DDM fueron los granos, raíces y tubérculos (90,2%), y los productos lácteos (81%) y los de alimentos ultraprocesados fueron las galletas (51,3%) y los cereales instantáneos (41,4%). La presencia ubicua de alimentos ultraprocesados en las dietas de los niños brasileños y la baja frecuencia diversidad dietética, especialmente entre las poblaciones más vulnerables, indican la necesidad de fortalecer políticas y programas para garantizar una nutrición infantil adecuada y saludable.

5.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 12, 2023. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1432148

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate sociodemographic factors associated with the consumption of ultra-processed foods and the temporal evolution of their consumption in Brazil between 2008 and 2018. METHODS The study used food consumption data of individuals aged ≥ 10 years from 2008-2009 and 2017-2018 Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Surveys), grouping the foods according to the Nova classification. We used crude and adjusted linear regression models to assess the association between sociodemographic characteristics and consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 and the temporal variation in their consumption between 2008 and 2018. RESULTS Ultra-processed foods accounted for 19.7% of calories in 2017-2018. The adjusted analysis showed that their consumption was higher in women (versus men) and the South and Southeast regions (versus North) and lower in blacks (versus whites) and rural areas (versus urban), in addition to decreasing with the increased age and increasing with higher education and income. Consumption of ultra-processed foods increased by 1.02 percentage points (pp) from 2008-2009 to 2017-2018. This increase was significantly higher among men (+1.59 pp), black people (+2.04 pp), indigenous (+5.96 pp), in the rural area (+2.43 pp), those with up to 4 years of schooling (+1.18 pp), in the lowest income quintile (+3.54 pp), and the North (+2.95 pp) and Northeast (+3.11 pp) regions. On the other hand, individuals in the highest level of schooling (-3.30 pp) and the highest income quintile (-1.65 pp) reduced their consumption. CONCLUSIONS The socioeconomic and demographic segments with the lowest relative consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 are precisely those that showed the most significant increase in the temporal analysis, pointing to a trend towards national standardization at a higher level of consumption.


RESUMO OBJETIVO Avaliar fatores sociodemográficos associados ao consumo de alimentos ultraprocessados e a evolução temporal do consumo no Brasil entre 2008 e 2018. MÉTODOS Foram utilizados dados do consumo alimentar de indivíduos com idade ≥ 10 anos das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2017-2018. Os alimentos foram agrupados segundo a classificação Nova. Modelos de regressão linear brutos e ajustados foram utilizados para avaliar a associação entre características sociodemográficas e o consumo de ultraprocessados em 2017-2018 e a variação temporal de seu consumo entre 2008 e 2018. RESULTADOS Alimentos ultraprocessados representaram 19,7% das calorias em 2017-2018. A análise ajustada mostrou que seu consumo foi maior no sexo feminino ( versus masculino) e nas regiões Sul e Sudeste ( versus Norte), e menor em negros ( versus brancos) e na área rural ( versus urbana), além de diminuir com o aumento da idade e aumentar com escolaridade e renda. O consumo de ultraprocessados aumentou 1,02 pontos percentuais (pp) de 2008-2009 a 2017-2018, sendo este aumento mais expressivo em homens (+1,59 pp), negros (+2,04 pp), indígenas (+5,96 pp), na área rural (+2,43 pp), naqueles com até 4 anos de estudo (+1,18 pp), no quinto mais baixo de renda (+3,54 pp) e nas regiões Norte (+2,95 pp) e Nordeste (+3,11 pp). Por outro lado, seu consumo se reduziu na maior faixa de escolaridade (-3,30 pp) e no quinto mais alto de renda (-1,65 pp). CONCLUSÕES Os segmentos socioeconômicos e demográficos que tiveram menor consumo relativo de ultraprocessados em 2017-2018 são justamente os que apresentaram um aumento mais expressivo na análise temporal, apontando para uma tendência de padronização nacional em um patamar de consumo mais alto.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Socioeconomic Factors , Eating , Diet, Food, and Nutrition , Food, Processed
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(6): e00177022, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447772

ABSTRACT

Nutrition during pregnancy is essential for the health of the pregnant woman, the development of the fetus, and the prevention of complications related to pregnancy and the postpartum period. This study described the factors associated with high consumption of ultra-processed foods among pregnant women. This prospective cohort study was performed from February 2016 to November 2019 in two health units in the city of Rio de Janeiro, Brazil, with data from 344 pregnant women. The first interview was conducted in the prenatal visit at less than 20 gestational weeks, the second at 34 gestational weeks, and the third at two months postpartum. Diet was assessed in the last interview using a food frequency questionnaire, and food items were classified according to NOVA. The percentage of ultra-processed foods consumption was estimated by tertile distribution, and the third tertile represented the highest consumption. Based on the hierarchical analysis model, the associations between ultra-processed foods consumption and sociodemographic, reproductive health, pregestational, behavioral, and pregnancy variables were assessed using a multinomial logistic regression model. Older women had lower ultra-processed foods consumption (OR = 0.33; 95%CI: 0.15-0.71). Few years of schooling (up to 7 years; OR = 5.58; 95%CI: 1.62-19.23), history of a previous childbirth (OR = 2.48; 95%CI: 1.22-5.04), history of two or more previous childbirths (OR = 7.53; 95%CI: 3.02-18.76), and no history of regular physical activity before pregnancy (OR = 2.40; 95%CI: 1.31-4.38) were risk factors. The identification of risk and protection factors allows for the establishment of control measures and encouragement of healthy practices during prenatal care.


A nutrição durante a gravidez é essencial para a saúde da gestante, o desenvolvimento do bebê e a prevenção de complicações relacionadas à gravidez e ao pós-parto. Este estudo descreveu os fatores associados ao alto consumo de alimentos ultraprocessados entre gestantes. Trata-se de uma coorte prospectiva realizada de fevereiro de 2016 a novembro de 2019, em duas unidades de saúde do Município do Rio de Janeiro, Brasil, que analisou dados de 344 gestantes. A primeira entrevista foi realizada na consulta pré-natal com menos de 20 semanas de gestação, a segunda com 34 semanas de gestação e a terceira dois meses após o parto. A dieta foi avaliada na última entrevista por meio de um questionário de frequência alimentar e os itens alimentares foram classificados de acordo com a classificação NOVA. O percentual de consumo de alimentos ultraprocessados foi calculado em tercis de distribuição, dos quais o terceiro tercil representou o maior consumo. Com base no modelo de análise hierárquica, as associações entre o consumo de alimentos ultraprocessados e variáveis sociodemográficas, de saúde reprodutiva, pré-gestacionais, comportamentais e gestacionais foram investigadas usando um modelo de regressão logística multinomial. Mulheres mais velhas apresentaram menor consumo de alimentos ultraprocessados (OR = 0,33; IC95%: 0,15-0,71). Os fatores de risco foram baixa escolaridade (até sete anos; OR = 5,58; IC95%: 1,62-19,23), histórico de parto anterior (OR = 2,48; IC95%: 1,22-5,04), histórico de dois ou mais partos anteriores (OR = 7,53; IC95%: 3,02-18,76) e ausência de histórico de atividade física regular antes da gestação (OR = 2,40; IC95%: 1,31-4,38). A identificação de fatores de risco e proteção permite o estabelecimento de medidas de controle e o incentivo a práticas saudáveis durante o pré-natal.


La nutrición durante el embarazo es esencial para la salud de la futura madre, el desarrollo del bebé y la prevención de complicaciones relacionadas con el embarazo y el posparto. Este estudio describió los factores asociados con el alto consumo de alimentos ultraprocesados entre las mujeres embarazadas. Se trata de una cohorte prospectiva realizada entre febrero de 2016 y noviembre de 2019, en dos unidades de salud de la ciudad de Río de Janeiro, Brasil, que analizó datos de 344 gestantes. La primera entrevista se realizó en la visita prenatal a las 20 semanas de gestación, la segunda a las 34 semanas de gestación y la tercera dos meses después del parto. La dieta se evaluó en la última entrevista mediante un cuestionario de frecuencia de alimentos y los alimentos se clasificaron de acuerdo con la clasificación NOVA. El porcentaje de consumo de alimentos ultraprocesados se calculó en terciles de distribución, de los cuales el tercer tercil representó el mayor consumo. Con base en el modelo de análisis jerárquico, se investigaron las asociaciones entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las variables sociodemográficas, de salud reproductiva, previas al embarazo, conductuales y gestacionales mediante un modelo de regresión logística multinomial. Las mujeres mayores presentaron menor consumo de alimentos ultraprocesados (OR = 0,33; IC95%: 0,15-0,71). Los factores de riesgo fueron bajo nivel educativo (hasta siete años; OR = 5,58; IC95%: 1,62-19,23), antecedentes de parto previo (OR = 2,48; IC95%: 1,22-5,04), antecedentes de dos o más partos previos (OR = 7,53; IC95%: 3,02-18,76) y sin antecedentes de actividad física regular antes del embarazo (OR = 2,40; IC95%: 1,31-4,38). La identificación de factores de riesgo y protección permite el establecimiento de medidas de control y el fomento de prácticas saludables durante la atención prenatal.

7.
Article in English, Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1436143

ABSTRACT

Introduction: the individuals with chronic kidney disease show low adherence to a diet rich in vegetables. Objective: to evaluate the association of minimally processed and ultra-processed food consumption with socioeconomic factors, lifestyle habits, and clinical characteristics of hemodialysis service users in southeastern Brazilian.Methods: cross-sectional study with 1,024 individuals on hemodialysis from southeastern Brazil. The individuals answered a questionnaire of sociodemographic data, lifestyle habits, and food consumption. After stipulating the frequency of consumption, we classified the foods as minimally processed and ultra-processed. We investigated the association between independent variables and the consumption of minimally processed and ultra-processed foods through the binary logistic regression model with Odds Ratio (OR) and their confidence intervals (95%CI).Results: users with less than eight years of education (OR=1.706; 95%CI1.125­2.589) and with income less than two minimum wages (OR=1.349; 95%CI1.007­1.806) had lower consumption of minimally processed foods. However, individuals aged 19 to 29 years (OR=2,857, 95%CI1.464­5.576), smokers (OR=2.349; 95%CI1.237­4.462), drinkers (OR=1.835; 95%CI1.122­3.001), and with more than 6 years on hemodialysis (OR=1.975; 95%CI1.227­3.180) were more likely to have higher consumption of ultra-processed foods. Individuals that did not practice physical activity were less likely to this consumption (OR=0.638; 95%CI0.459­0.888). Conclusion: being younger, smoking, consuming alcohol, and having been on hemodialysis for more than 6 years increased the chances of greater consumption of ultra-processed foods. In addition, we associated less education and lower income with a lower consumption of minimally processed foods.


Introdução: os indivíduos com doença renal crônica apresentam baixa adesão à dieta rica em vegetais.Objetivo: avaliar a associação do consumo de alimentos minimamente processados e ultraprocessados com fatores socioeconômicos, hábitos de vida e características clínicas de usuários de serviços de hemodiálise no sudeste brasileiro.Método: estudo transversal com 1.024 indivíduos em hemodiálise da região sudeste do Brasil. Os indivíduos responderam a um questionário de dados sociodemográficos, hábitos de vida e consumo alimentar. Após estipular a frequência de consumo, classificamos os alimentos em minimamente processados e ultraprocessados. Investigamos a associação entre as variáveis independentes e o consumo de alimentos minimamente processados e ultraprocessados por meio do modelo de regressão logística binária com Odds Ratio (OR) e seus intervalos de confiança (IC 95%). Resultados: usuários com escolaridade inferior a oito anos (OR=1,706; IC95%1,125­2,589) e com renda inferior a dois salários mínimos (OR=1,349; IC95%1,007­1,806) apresentaram menor consumo de alimentos minimamente processados. No entanto, indivíduos de 19 a 29 anos (OR=2.857, IC95%1,464­5,576), tabagistas (OR=2,349; IC95%1,237­4,462), etilistas (OR=1,835; IC95%1,122­3,001), e com mais de 6 anos em hemodiálise (OR=1,975; IC 95%1,227­3,180) apresentaram maior probabilidade de ter maior consumo de alimentos ultraprocessados. Indivíduos que não praticavam atividade física foram menos propensos a esse consumo (OR=0,638; IC95%0,459­0,888). Conclusão: ser mais jovem, fumar, consumir álcool e estar em hemodiálise há mais de 6 anos aumentaram as chances de maior consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, associamos menor escolaridade e menor renda ao menor consumo de alimentos minimamente processados.

8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(8): 3283-3294, ago. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384463

ABSTRACT

Resumo Objetivou-se analisar espacialmente a distribuição de estabelecimentos de aquisição de alimentos para consumo imediato no entorno do Programa Academia da Saúde (PAS) de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, segundo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Estudo ecológico tendo o PAS como unidade de análise. Foram avaliados estabelecimentos de aquisição de alimentos para consumo imediato contidos em buffer circular com raio de 900 metros a partir das 77 unidades do PAS em funcionamento. Endereços e tipos de estabelecimento foram obtidos em lista pública e verificados em auditoria virtual. Mapas de Kernel temático foram elaborados. Identificou-se 3.050 estabelecimentos no entorno das unidades do PAS. Maiores densidades foram observadas na região Centro-sul da cidade e em áreas com IDHM alto e muito alto. Foi elevada a densidade de estabelecimentos comerciais de venda de alimentos para consumo imediato no entorno das unidades do PAS, sobretudo em áreas mais ricas. Os resultados podem subsidiar ações que visem fortalecer o PAS como promotor de ambientes alimentares saudáveis. Ademais, reforça a necessidade de políticas públicas equânimes de abastecimento e regulação visando promover o acesso à alimentação adequada e saudável para todos.


Abstract The aim of this study was to spatially examine the distribution of establishments for the acquisition of food that is ready to consume around the Health Academy Program (PAS) in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, according to the Municipal Human Development Index (IDH-M).This is an ecological study with the PAS as the unit of analysis. The establishments contained in a circular buffer with a radius of 900 meters from the 77 units of the PAS in operation were evaluated. Address and type of establishment data were obtained from a public list and verified in a virtual audit. Thematic kernel maps were used. A total of 3,050 establishments were identified around the PAS units. Higher densities were observed around units located in the city's south-central region and in areas with high and very high IDH-M. There was a high density of establishments selling ready-to-consume foods around the PAS units, especially in the wealthier parts of the city. These results are useful in supporting the planning of actions aimed at strengthening the PAS as a promoter of healthy eating environments. Further, it reinforces the need for equitable public policies for supply and regulation, aiming to promote access to adequate and healthy food for all.

9.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 22(2): 365-373, Apr.-June 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1387186

ABSTRACT

Abstract Objectives: to verify the correlation between the consumption of ultra-processed food among mothers and children under two years of age and the main characteristics related to this consumption. Methods: cross-sectional study conducted in public health services. Three 24-hour recalls were applied to assess food intake. The ultra-processed food was grouped into: sugary drinks; meat; sauces and creams; dairy products; snacks; pastas; and mucilage. Themother's body mass index and waist/hip ratio, and the child's weight/height, height/age, weight/age and body mass index/age were calculated. The children's ultra-process frequency as correlated with: anthropometric dyadic variables; ultra-process frequency on breastfeeding. The children's average ultra-process intake was compared to pacifier, bottle, breastfeeding and socioeconomic status. Linear regression models were conducted. Results: 172 pairs were evaluated. Similarity was found in the mothers and children's consumption of ultra-processed products. The higher frequency of ultra-processed products was correlated with older child and the higher body mass/age index and weight/age index. Of the 39 ultra-processed food present in the mothers' diet, 22 were correlated to child's Conclusion: the consumption of ultra-processed food by children is similar to their mothers and correlates with higher z-score values of weight/age and body mass/age index.


Resumo Objetivos: verificar a correlação do consumo de alimentos ultraprocessados de mães e filhos menores de dois anos de idade e as principais características relacionadas a este consumo. Métodos: estudo transversal conduzido nos serviços públicos de saúde. Aplicaram-se três recordatórios de 24 horas para avaliar o consumo alimentar. Os alimentos ultraprocessados foram agrupados em: bebidas açucaradas; carnes; molhos e cremes; lácteos; lanches; massas; e mucilagens. Calculou-se o Índice de Massa Corporal e a relação cintura/quadril da mãe, índice peso/estatura, estatura/idade, peso/idade e índice de massa corporal/idade da criança. Correlacionou-se a frequência de ultraprocessados na alimentação das crianças com: variáveis antropométricas da díade; frequência de ultraprocessados na alimentação materna. Comparou-se a média do consumo de ultraprocessados das crianças com uso de chupeta, mamadeira, aleitamento materno e condição socioeconômica. Modelos de regressão linear foram conduzidos. Resultados: avaliou-se 172 pares. Foi verificada semelhança no consumo de ultraprocessados de mães e filhos. A maior frequência de ultraprocessados correlacionou-se a maior idade da criança e ao maior índice de massa corporal/idade e índice peso/idade. Dos 39 alimentos ultraprocessados presentes na alimentação das mães, 22 correlacionaram com os da criança. Conclusão: o consumo de ultraprocessados pelas crianças se assemelha ao das mães e correlacionase com maiores valores dos índices peso/idade e índice de massa corporal/idade.


Subject(s)
Humans , Female , Infant , Nutritional Status , Maternal Nutrition , Infant Nutrition , Feeding Behavior , Maternal Behavior
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(5): 1989-2000, maio 2022. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374980

ABSTRACT

Abstract Food industries are reformulating their products to lower total sugar and caloric content. Caloric sugars are often substituted by or combined with non-caloric sweeteners. Our study analyzed information about the presence, number and type, and content of different sweeteners displayed on the ingredient list of 10 key ultra-processed products (UPP), from 3 different categories. It also assessed consumers' opinions, perceptions and understanding of caloric and non-caloric sugars used in UPPs using data from 12 focus group discussions. Results indicate a large diversity in sweeteners, frequent use of a combination of multiple caloric and non-caloric sweeteners, often in the same product, and a lack of disclosure of the amounts of non-caloric sweeteners on the nutrition labels. Qualitative analysis reflected the inconsistency of information on nutrition labels and the challenges in compliance with regulations. Participants were unsure about the different types of sweeteners, examples of artificial sweeteners and their potential health consequences. Presenting clearer additive and nutrition information would facilitate consumer comprehension and support healthy food choices.


Resumo Indústrias alimentícias estão reformulando produtos para reduzir a quantidade total de açúcar. Para reduzir a densidade calórica e manter o dulçor de seus produtos, açúcares são combinados com edulcorantes. Esse estudo teve como objetivo analisar as informações sobre a presença, número e tipo, e conteúdo de diferentes edulcorantes exibidos na lista de ingredientes de 10 produtos ultraprocessados, de 3 categorias diferentes. O estudo também avaliou as percepções e entendimento dos consumidores sobre adoçantes calóricos e não calóricos usados em produtos ultraprocessados, através da análise de discussões com 12 grupos focais. Observou-se combinação de açúcares com edulcorantes no mesmo produto e, frequentemente, ausência das quantidades dos edulcorantes nos rótulos nutricionais. Esses produtos voltados a crianças oferecem calorias reduzidas às custas do aumento da variedade e concentração desses edulcorantes. Os participantes mostraram-se confusos sobre os diferentes tipos de adoçantes e edulcorantes e suas possíveis consequências à saúde. Apresentar informações mais claras sobre os ingredientes e nutrição facilitariam a compreensão dos consumidores e os apoiariam em escolhas alimentares saudáveis.

11.
Rev. Nutr. (Online) ; 35: e210197, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1394680

ABSTRACT

ABSTRACT Objective To assess the association between the maternal diet, according to the degree of processing of food consumption, and birth weight for gestational age and sex. Methods A cross-sectional study with 300 women was conducted from February 2009 to 2011 from a maternity ward in Mesquita, Rio de Janeiro. The outcome was based on sex-specific birth weight for gestational age: small, adequate, or large. A validated food frequency questionnaire was used to estimate the food consumption during the 2nd and 3rd trimesters of pregnancy. The food intake was classified into three groups according to the degree of processing: 1) unprocessed or minimally processed foods and culinary ingredients (oil, fats, salt, and sugar), 2) processed foods, and 3) ultra-processed foods. Descriptive analyses were made to assess the tertiles of the percentage of energy intake of each food group on the outcome and on maternal and infant characteristics. Multinomial logistic regressions were used to test the association of the tertiles of food according to the degree of processing on the outcome (adequate, small, or large birth weight for gestational age and sex). Results The analysis of the food frequency questionnaire from the 300 women indicated that the mean percentage of kcal consumed from unprocessed and minimally processed food and culinary ingredients was 54.0%, while the percentages of energy from processed foods and ultra-processed foods were 2.0% and 44.0%, respectively. The highest tertile of consumption of unprocessed and minimally processed food and culinary ingredients had a protective effect on the prevalence of newborn large for gestational weight in relation to the lowest (OR: 0.13; 95% IC: 0.02 to 0.89; p=0.04). Conclusion High consumption of unprocessed and minimally processed food and culinary ingredients during the last six months of pregnancy might be a protective factor against having a newborn large for gestational weight when compared to mothers with the lowest consumption.


RESUMO Objetivo Avaliar a associação da dieta materna de acordo com o grau de processamento dos alimentos e o peso ao nascer segundo a idade gestacional e sexo. Métodos Estudo transversal com 300 mulheres captadas entre os meses de fevereiro de 2009 e 2011. Utilizou-se a classificação do peso ao nascer segundo sexo e idade gestacional para caracterizar os desfechos: pequeno, adequado ou grande. O questionário de frequência alimentar estimou o consumo durante o 2º e 3º trimestres da gestação. Os alimentos foram classificados segundo o grau de processamento: 1) alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários (óleos, gordura, sal e açúcar), 2) alimentos processados e 3) alimentos ultraprocessados. Os tercis de energia das categorias descritas acima foram distribuídos segundo o desfecho e as características maternas e do recém-nascido. Adotou-se a regressão logística multinomial para analisar a associação do consumo de alimentos segundo o grau de processamento sobre os desfechos do peso ao nascer segundo a idade gestacional e o sexo (pequeno, adequado ou grande). Resultados A análise do questionário de frequência do consumo alimentar das 300 mulheres indicou que a contribuição de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários foi de 54,0%, enquanto que os percentuais dos grupos de alimentos processados e ultraprocessados foram 2,0% e 44,0%, respectivamente. O maior tercil de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários obteve efeito protetor para a prevalência de recém-nascidos grandes para a idade gestacional e o sexo em relação ao menor tercil (OR: 0,13; IC 95%: 0,02;0,89; p=0,04). Conclusão O maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários durante a gestação pode ser um fator de proteção contra a ocorrência de recém-nascidos grandes para a idade gestacional e o sexo quando comparado com mães classificadas no menor tercil de consumo.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Birth Weight , Pregnant Women/ethnology , Eating/ethnology , Cross-Sectional Studies , Gestational Age , Minimally Processed Foods
12.
Rio de Janeiro; s.n; 2022. 116 f p. fig, tab.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1390592

ABSTRACT

O Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) baseia suas recomendações na extensão e propósito do processamento ocorrido nos alimentos, e sugere que a redução do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) está relacionada a melhora na qualidade da alimentação e consequentemente perda de peso. Apesar de alguns estudos terem observado impacto importante na qualidade da dieta, não há evidências que a redução no consumo de AUP seja acompanhada por redução no consumo de energia total. O objetivo deste estudo é avaliar a efetividade de uma proposta de intervenção para tratamento da obesidade em crianças baseada no GAPB. Foi realizado um ensaio clínico randomizado com crianças entre 7 e 12 anos, encaminhados pelo Sistema Nacional de Regulação (SISREG) para atendimento ao ambulatório de nutrição do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). Os participantes do Grupo controle (GC) e do Grupo Intervenção (GI) participaram de 6 atividades educativas padronizadas e contextualizadas com os 10 passos do GAPB. No GI, também foi prescrito um plano alimentar individualizado, com base nas recomendações nutricionais. Análise de intenção de tratar foi realizada para avaliar a taxa de variação do desfecho primário (índice de massa corporal (IMC)) e secundários (circunferência da cintura (CC) e peso), entre os GI e GC, com base em modelos de efeito mistos. Estas análises também foram aplicadas para medir o consumo alimentar, avaliado pela taxa de variação de gramas de AUP. Adicionalmente, os resultados do IMC foram comparados com curvas de crescimento, desenvolvidas pelo método LMS, que representa a evolução do IMC da população do estudo sem intervenção. Dos 101 participantes, 51 foram alocados no GI. Ao final do estudo, o IMC declinou no GI (Δ = -0,27 kg/m2) em relação ao GC (Δ = + 0,53 kg/m2), com diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p=0.0002). Ao comparar o GC com a curva LMS, observou-se maior aumento do IMC no grupo LMS (Δ = + 1,02 kg/m2; p<0,0001). Para mudança de peso, o aumento foi maior no GC (Δ= +5,51), comparado ao GI (Δ= +3,7, p=<0,0001). E não houve diferença significativa na trajetória da CC entre os grupos. Ambos os grupos apresentaram um declínio no consumo de gramas de AUP até o quarto mês e um aumento gradual nos meses seguintes, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,77). A combinação de uma abordagem qualitativa baseada nas recomendações do guia com o aconselhamento da restrição energética por meio do plano alimentar mostrou-se eficaz na redução da obesidade infantil. As atividades educativas tiveram impacto no consumo de AUP, porém, há uma dificuldade em manter em longos períodos mudanças comportamentais. Uma vez que o consumo destes alimentos pode prejudicar o tratamento da obesidade infantil, são necessárias estratégias que proporcionem a redução do consumo de AUP ao longo do tempo.


The Dietary Guidelines for the Brazilian Population (DGBP) rely its recommendation on the of extent and purpose that occurred in food and suggests that the reducing the consumption of ultra-processed foods (UPF) improves diet quality and consequent weight loss. Although some studies have observed an important impact on the quality of the diet, there is no evidence that the reduction in the consumption of UPF is accompanied by a reduction in total energy consumption. Thus, the goal of this study is to evaluate the effectiveness of an intervention proposal for the treatment of obesity in children based on the DGBP. A randomized clinical trial was carried out with children between 7 and 12 years old, referred by the National Regulatory System (SISREG) to the nutrition outpatient clinic of University Hospital Pedro Ernesto (HUPE) are evaluated. Participants in the Control Group (CG) and Intervention Group (IG) participated in 6 standardized educational activities contextualized with the 10 Steps of DGBP. In the IG, an individualized food plan was prescribed, based on nutritional recommendations. Intent-to-treat analysis were performed to assess the rate of change of primary (body mass index (BMI)) and secondary (waist circumference (WC) and weight) outcomes between IG and CG, based on mixed-effects models. These analyzes were also applied to measure food consumption, assessed by the rate of change of grams of AUP. Additionally, the BMI results were compared with growth curves, developed by the LMS method, which represents the BMI evolution of the study population without intervention. Of the 101 participants, 51 were allocated to the IG. At the end of the study, BMI declined in the IG (Δ = -0.27 kg/m2) in relation to the CG (Δ = + 0.53 kg/m2), with a statistically significant difference between the groups (p=0.0002). When comparing the GC with the LMS curve, a greater increase in BMI was observed in the LMS group (Δ = + 1.02 kg/m2; p<0.0001). For weight change, the increase was greater in the CG (Δ= +5.51), compared to the IG (Δ= +3.7, p=<0.0001). And there was no significant difference in the trajectory of WC between groups. Both groups showed a decline in grams of UPF until the fourth month and a gradual increase in the following months, with no statistically significant difference (p=0.77). The combination of a qualitative approach based on the DGBP with energy restriction advice through the food plan proved to be effective in reducing childhood obesity. Educational activities had an impact on UPF consumption, however, there is a difficulty in maintaining behavioral changes over long periods. Since the consumption of these foods can impair the treatment of childhood obesity, strategies are needed to reduce UPF consumption over time.


Subject(s)
Eating , Food Guide , Industrialized Foods , Pediatric Obesity , Randomized Controlled Trials as Topic , Feeding Behavior
13.
Rev. Nutr. (Online) ; 35: e210106, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1376314

ABSTRACT

ABSTRACT Objective To investigate the contribution of ultra-processed food to the nutritional dietary profile of school feeding in public child day-care centers. Methods Cross-sectional study carried out from June-November/2013. Samples from six daily meals were collected in twenty non-consecutive days. A total of 117 school meals (123 food items) were offered to children from 12-36 months of age. The served portions were determined by direct weighting. Physicochemical analyses were performed to establish the nutritional composition. School meals were classified according to the processing degree: (A) unprocessed/minimally processed/culinary preparations, (B) processed food, or (C) ultra-processed food. The contribution of each group to the quantity of energy, macronutrients and sodium was calculated. Student's t test was applied for comparison between groups. Results Ultra-processed meals contributed to 45.8% of energy, 33.9% of lipids, 42.8% of proteins, 48.9% of carbohydrates, and 20.9% of sodium. All lunches and 90% of dinners were classified as unprocessed/minimally processed/culinary preparations. 39.0% of the meals were ultra-processed (mainly breakfast and snacks). Ultra-processed meals had a greater quantity of energy (p=0.026) and carbohydrates (p<0.001) per serving, while unprocessed/minimally processed/culinary preparations offered more sodium per serving (p<0.001). Conclusion Although most meals were classified as unprocessed/minimally processed/culinary preparations, ultra-processed food, which should be avoided at this stage of life, are offered daily, contributing with higher energy and carbohydrates offer per serving. The municipality need to improve the quality of the meals offered to children in these child day-care centers, observing the new Resolution nº 6/2020 that came into effect in 2021.


RESUMO Objetivo Investigar a contribuição de alimentos ultraprocessados no perfil nutricional da alimentação escolar ofertada em Centros Municipais de Educação Infantil. Métodos Estudo seccional conduzido entre junho e novembro/2013. Amostras das seis refeições diárias foram coletadas durante 20 dias não consecutivos. Cento e dezessete refeições (123 itens alimentares) foram ofertadas a crianças de 12 a 36 meses. O tamanho das porções foi determinado por pesagem direta e a composição nutricional, por análises físico-químicas. As refeições escolares foram classificadas de acordo com o grau de processamento: (A) in natura/minimamente processados/preparações culinárias; (B) processados; (C) ultraprocessados. Foi calculada a contribuição de cada grupo para energia, macronutrientes e sódio. O Teste t foi utilizado para comparação entre os grupos. Resultados As refeições ultraprocessadas contribuíram com 45,8% de energia, 33,9% de lipídios, 42,8% de proteínas, 48,9% dos carboidratos e 20,9% do sódio ofertados. Todos os almoços e 90% dos jantares foram classificados como in natura/minimamente processados/preparações culinárias. 39,0% das refeições foram classificadas como ultraprocessadas (principalmente café da manhã e lanches). Refeições ultraprocessadas ofereceram maior quantidade de energia (p=0,026) e carboidratos (p<0,001) por porção, enquanto refeições in natura/minimamente processados/preparações culinárias forneceram mais sódio por porção (p<0,001). Conclusão Apesar da predominância de refeições in natura/minimamente processados/preparações culinárias, os alimentos ultraprocessados - que deveriam ser evitados nessa fase da vida, são ofertados diariamente, contribuindo com maior quantidade de energia e carboidratos por porção. É necessário que o município reavalie as refeições ofertadas às crianças nesses Centros de Educação Infantil, seguindo as recomendações atuais da Resolução nº 6/2020, que entrou em vigor em 2021.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , School Feeding , Food Analysis/methods , /methods , Child Day Care Centers , Food Composition
14.
Rev. Nutr. (Online) ; 35: e220173, 2022. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1422819

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To evaluate the consumption of processed and ultra-processed foods in Paraguayan adults and its relationship with quality of life and sleep quality. Methods: A cross-sectional descriptive observational study was carried out on Paraguayan adults in May 2022. An online survey was applied in which sociodemographic data, frequency of food consumption using the NOVA classification and Pan American Health Organization criteria, quality of life evaluated by the European Quality of Life-5 Dimensions and report of hours of sleep were collected. Results: A total of 273 Paraguayan adults were included in the study, of which 71.1% were female, 51.6% lived in the capital, 53.1% were single, 66% had a university educational level and the average age was 36.48±13.2. Regarding the consumption of processed and ultra-processed foods, the critical nutrients most consumed daily were free sugars by 34.0%, and fats by 23.4% of the population. The global quality of life index was low (0,58±0,05) and 69.0% reported insufficient hours of sleep. Statistically significant relationships were found between the consumption of processed and ultra-processed foods with quality of life and quality of sleep (p<0.05 for both). Conclusion: The most consumed critical nutrients in the Paraguayan adult population are free sugars and fats, finding a significant relationship between the consumption of processed and ultra-processed foods with quality of life and quality of sleep.


RESUMO Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados em adultos paraguaios e sua relação com a qualidade de vida e qualidade do sono. Métodos: Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal em adultos paraguaios em maio de 2022. Foi aplicado um questionário online onde foram questionados datos sociodemográficos, frequência de consumo alimentar pela classificação NOVA e critérios da Organização Pan-Americana da Saúde, qualidade de vida avaliada pelo Qualidade de Vida Europeia-5 Dimensões - foram coletados e relato de horas de sono. Resultados: Foram incluídas no estudo 273 paraguaios, das quais 71,1% eram do sexo feminino, 51,6% residiam na capital, 53,1% eram solteiras, 66,0% tinham nível universitário e a média de idade foi de 36,48±13,2 anos. Em relação ao consumo de alimentos processados e ultraprocessados, os nutrientes críticos mais consumidos diariamente foram os açúcares livres por 34.0% e as gorduras por 23,4% da população. O índice global de qualidade de vida foi baixo (0,58±0,05) e 69.0% relataram horas insuficientes de sono. Foram encontradas relações estatisticamente significativas entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com qualidade de vida e qualidade do sono (p<0,05 para ambos). Conclusão: Os nutrientes críticos mais consumidos na população adulta paraguaia são os açúcares e gorduras livres, encontrando uma relação significativa entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com a qualidade de vida e qualidade do sono.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Quality of Life , Sleep Quality , Food, Processed , Paraguay/ethnology , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Eating/ethnology , Sociodemographic Factors , Sleep Duration
15.
Rev. Nutr. (Online) ; 35: e210269, 2022. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1406936

ABSTRACT

ABSTRACT: Objective: To investigate the association between parental feeding practices and the consumption of ultra-processed foods in preschool children. Methods: Cross-sectional study with 140 parents (father and mother) and their children (2-6 year-old). Parental feeding practices were assessed using the Comprehensive Feeding Practices Questionnaire. Children's body weight and height were measured, and body mass index z-score per age was calculated. Parental anthropometric measurements (body weight and height) were obtained by self-report, and body mass index was calculated. The consumption of ultra-processed foods was assessed through the Child Food Frequency Questionnaire and the daily intake score was calculated. Multivariable linear regression analyses were performed to investigate the association between parental feeding practices and the consumption of ultra-processed foods. Results: Children's ultra-processed food consumption was negatively associated with the "Monitoring" parental feeding practices. On the other hand, "Emotion Regulation" and "Health restriction" parental feeding practices were positively associated with the ultra-processed food consumption score. Conclusion: Ultra-processed food consumption was associated to the "Monitoring", "Emotion regulation" and "Health restriction" parental feeding practices in preschool children. These results support the importance of using successful parental feeding practices to promote healthy eating in preschoolers.


RESUMO: Objetivo: O estudo buscou investigar a associação entre as práticas alimentares parentais e o consumo de alimentos ultraprocessados em crianças pré-escolares. Métodos: Estudo transversal realizado com 140 pares de pais e crianças de 2 a 6 anos de idade. As práticas parentais foram avaliadas pelo questionário Comprehensive Feeding Practices Questionnaire. O peso e a estatura das crianças foram aferidos e o escore z de índice de massa corporal para idade, calculado. A avaliação antropométrica dos pais foi realizada por meio do autorrelato de peso e altura e cálculo do índice de massa corporal. O consumo de alimentos ultraprocessados foi avaliado pelo Questionário de Frequência Alimentar da Criança e pelo cálculo de escore de consumo diário. Realizaram-se análises de regressão linear múltipla para avaliar a associação entre as práticas alimentares parentais e o consumo de alimentos ultraprocessados. Resultados: O consumo de alimentos ultraprocessados pelas crianças associou-se negativamente à prática parental de "Monitoramento". Por outro lado, as práticas alimentares parentais de "Regulação da emoção" e "Restrição para saúde" associaram-se positivamente ao escore de consumo de alimentos ultraprocessados. Conclusão: Conclui-se que o consumo de alimentos ultraprocessados por crianças pré-escolares relacionou-se às práticas alimentares parentais de "Monitoramento", "Regulação da emoção" e "Restrição para saúde". Esses resultados ressaltam a importância do uso de práticas alimentares parentais com desfecho positivo para a promoção de uma alimentação saudável em pré-escolares.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Child, Preschool , Parenting , Child Nutrition , Cross-Sectional Studies/statistics & numerical data
16.
Rev. psicol. organ. trab ; 21(3): 1615-1620, jul.-set. 2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1347797

ABSTRACT

O estresse no trabalho afeta cada vez mais a saúde do trabalhador, sobretudo seus hábitos alimentares. Ainda, há crescente consumo de ultraprocessados nessa população. O objetivo foi avaliar se o estresse no trabalho está associado ao consumo de alimentos ultraprocessados por servidores universitários. Trata-se de um estudo realizado com 324 servidores de uma universidade pública. Foram coletados dados sociodemográficos e aplicados dois recordatórios de 24 horas em dias não consecutivos para identificação tanto do consumo de ultraprocessados quanto da contribuição calórica. Ainda, aplicou-se a Escala de Estresse no Trabalho. Utilizou-se regressão de Poisson para verificar associação, com nível de significância de 5%. O estresse esteve presente em 48,4% dos servidores, e o consumo foi marcado pela elevada contribuição calórica dos ultraprocessados (30,1%), além de associação entre maior estresse no trabalho e consumo de ultraprocessados. Essa caracterização abre margem para a criação de políticas públicas que beneficiem a saúde do trabalhador


Stress at work increasingly affects workers' health, especially their eating habits. Still, there is a growing level of ultra-processed food consumption in this population. The objective of the study was to assess whether work stress is associated with the consumption of ultra-processed foods by university employees. This is a study carried out with 324 public university employees. Sociodemographic data were collected, and two 24-hour reminders were applied on non-consecutive days to identify both consumption of ultra-processed foods and caloric contribution. Moreover, the Stress at Work scale was applied. Poisson regression was used to verify the association, with a significance level of 5%. Stress was present in 48.4% of the workers, and consumption was marked by the high caloric contribution of ultra-processed foods (30.1%), in addition to an association between greater stress at work and consumption of ultra-processed foods. This characterization paves the way for the creation of public policies that benefit workers' health.


El estrés en el trabajo afecta cada vez más la salud del trabajador, sobre todo sus hábitos alimentarios. Aún, existe un alto consumo de alimentos ultraprocesados en esta población. El objetivo fue evaluar si el estrés laboral está asociado al consumo de alimentos ultraprocesados por parte de los empleados universitarios. Se trata de un estudio realizado con 324 empleados de una universidad pública. Se recolectaron datos sociodemográficos y se aplicaron 2 recordatorios de 24 horas en días no consecutivos para identificar el consumo de alimentos ultraprocesados en cuanto a su aporte calórico. Además, se aplicó la Escala de Estrés en el Trabajo. Se utilizó regresión de Poisson para verificar la asociación, con un nivel de significancia del 5%. El estrés estuvo presente en el 48,4% de los servidores, y el consumo estuvo marcado por el alto aporte calórico de los alimentos ultraprocesados (30,1%), además de una asociación entre mayor estrés en el trabajo y consumo de alimentos ultraprocesados. Esa caracterización da lugar para la creación de políticas públicas que favorezcan la salud del trabajador.

17.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(4): 1233-1244, abr. 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1285903

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste estudo foi descrever o consumo de frutas no Brasil e a associação com a ingestão de alimentos ultraprocessados (UP) em amostra representativa de 32.900 brasileiros da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A associação entre a participação calórica (% energia) das frutas na dieta e quintos de consumo de UP foi analisada por meio de regressão linear. Frutas representaram 5% das calorias, sendo cerca de metade (2,4%) como suco. Homens apresentaram consumo inferior ao das mulheres e houve maior consumo com aumento da idade, renda e escolaridade. Foi observada associação inversa entre consumo de frutas inteiras e UP. Dentre os indivíduos que consumiram frutas (68%) houve pouca diversidade (média: 1,16 tipos/dia). As frutas mais consumidas foram laranja, banana e maçã. Consumiu-se frutas inteiras principalmente nos horários de almoço e lanches e o consumo foi inversamente associado com a ingestão de UP no almoço, lanche da tarde e jantar. Os sucos foram mais consumidos no almoço e não variaram com o consumo de UP. Maior consumo de frutas fora do domicílio se repetiu em todos os quintos de UP. A baixa ingestão de frutas no Brasil e a associação com UP reforçam a necessidade de iniciativas de promoção da alimentação saudável.


Abstract The scope of this study was to describe the consumption of fruit in Brazil and its association with the intake of ultra-processed (UP) foods in a representative sample of 32,900 individuals from the 2008-2009 Household Budget Survey. The association between calory contribution of fruit to the diet and quintiles of UP food intake was analyzed using linear regression. Fruit accounted for just over 5% of the calories, about half of which (2.4%) was in the form of juice. Men revealed lower consumption than women, and consumption increased with increasing age, income, and schooling. An inverse association between consumption of whole fruits and UP food was observed. Among the individuals who reported consuming fruit (68%), there was little diversity (mean: 1.16 types/day). The fruit most consumed included orange, banana, and apple. Whole fruit was consumed mainly at lunchtime and as snacks. The consumption was inversely associated with UP food intake at lunch, afternoon snack, and dinner. Juices were consumed mainly at lunchtime and did not vary with UP food intake. Higher fruit consumption outside the home occurred in all quintiles of UP food intake. Low fruit intake in Brazil and the association with UP consumption highlight the need for initiatives to promote healthy eating.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Energy Intake , Fruit , Behavior , Brazil , Cross-Sectional Studies , Diet , Eating
18.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 21(1): 9-26, Jan.-Mar. 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1250690

ABSTRACT

Abstract Objectives: to perform a systematic review of studies that investigated the influence of ultra-processed foods (UPF) consumption during pregnancy on child's anthropometric parameters up to one year of life. Methods: cohort and cross-sectional studies were researched in BVS, Cinahl, Cochrane, Embase, Pubmed, Scopus and Web of Science databases until March 2020, and the main descriptors were: "Pregnant Women", "Ultra-processed foods", "Birth Weight", "Smallfor Gestational Age", "Infant", "Newborn". Results: seventeen articles were considered eligible and evaluated the associations between the exposures: ultra-processed dietary patterns; soft drinks, sugar-sweetened beverages, artificially sweetened beverages; fast food, junk food, sweets, snacks and the outcomes: birth weight and its classifications; length and head circumference at birth; birth weight adjustments according to gestational age; weight/age, length/age, body mass index/age and weight/length indices. The results showed: 36 non-significant associations between the exposures and the outcomes; 13 direct associations (outcomes versus ultraprocessed dietary patterns, soft drinks, artificially sweetened beverages, sweets, junk food) and 5 inverse associations (outcomes versus ultra-processed dietary patterns, soft drinks). Conclusions: most of the evaluated literature did not demonstrate the influence of UPF consumption during pregnancy on the newborn's anthropometric measurements up to one year of life and denoted a smaller number of direct and inverse associations between the exposures and the outcomes.


Resumo Objetivos: realizar uma revisão sistemática de estudos que investigaram a influência do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na gestação nas medidas antropométricas do recém-nascido até um ano de idade. Métodos: foram pesquisados estudos de coorte e transversais nas bases BVS, Cinahl, Cochrane, Embase, Pubmed, Scopus e Web of Science até março de 2020, tendo como principais descritores: "Pregnant women", "Ultra-processed foods", "Birth weight", "Small for Gestational Age", "Infant", "Newborn". Resultados: dezessete artigos foram considerados elegíveis e avaliaram as associações entre as exposições: padrões alimentares ultraprocessados; refrigerantes, sugar-sweetened beverages ou artificially sweetened beverages; fastfood, junkfood, doces e snacks e os desfe-chos:peso ao nascer e suas classificações; comprimento e perímetro cefálico ao nascimento; adequações do peso ao nascer segundo idade gestacional; e índices peso/idade, compri-mento/idade, índice de massa corporal/idade e peso/comprimento. Foram encontradas: 36 associações nulas entre exposições e desfechos avaliados; 13 diretas (desfechos versus padrões alimentares ultraprocessados, refrigerantes, artificially sweetened beverages, doces e junkfood) e 5 inversas (desfechos versus padrões alimentares ultraprocessados e refrigerantes). Conclusões: a maioria da literatura avaliada não demonstrou influência do consumo de AUP na gestação nas medidas antropométricas do recém-nascido até um ano de vida e apontou um menor número de associações diretas e inversas entre as exposições e os desfechos analisados.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Birth Weight , Anthropometry , Eating , Maternal Nutrition , Feeding Behavior , Fast Foods , Candy , Carbonated Beverages , Cross-Sectional Studies , Cohort Studies , Prenatal Nutrition
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 13, 2021. tab, graf
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1289979

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants' classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants' classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.


Subject(s)
Humans , Adult , Fast Foods , Food Handling , Brazil , Energy Intake , Diet
20.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 47, 2021. tab, graf
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1289984

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the magnitude of consumption of ultra-processed foods in the adult population (≥ 18 years old) in the capitals of the 27 federative units of Brazil, as well as its association with sociodemographic variables. METHODS Data used in this study stem from participants (n = 52,443) of the 2019 wave of the annual survey of the "National surveillance system for risk and protective factors for chronic diseases by telephone survey" (Vigitel). The consumption of ultra-processed foods was described based on a score, corresponding to the sum of positive responses to questions about consumption on the previous day of thirteen subgroups of ultra-processed foods frequently consumed in Brazil. Poisson regression models were used to describe the crude and adjusted associations between high consumption of ultra-processed foods (scores ≥ 5) and sex, age group, and level of education. RESULTS The frequency of high consumption of ultra-processed foods was 18.2% (95% CI 17.4-19.0). With or without adjustment for other sociodemographic variables, this frequency was significantly lower in females and decreased linearly with age. In the crude analysis, there was an increase in the frequency of high consumption from the lower level to the intermediate level of education and a decrease in this consumption from the intermediate level to the upper level. In the analysis adjusted for sex and age, the frequency of high consumption of ultra-processed foods was significantly lower at the higher level of education (12 or more years of study), with no differences between the other levels. CONCLUSION Ultra-processed foods are consumed with high frequency in the adult Brazilian population in the 27 capitals of the federation. Being male, younger and having less education than university are conditions that increase, independently, the consumption of these foods.


RESUMO OBJETIVO Descrever a magnitude do consumo de alimentos ultraprocessados na população adulta (≥ 18 anos) das capitais das 27 unidades federativas do Brasil e sua associação com variáveis sociodemográficas. MÉTODOS Os dados utilizados neste estudo provêm dos participantes (n = 52.443) da onda 2019 do inquérito anual do "Sistema nacional de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico" (Vigitel). O consumo de alimentos ultraprocessados foi descrito com base em escore correspondente à somatória de respostas positivas para questões sobre o consumo no dia anterior de treze subgrupos de alimentos ultraprocessados frequentemente consumidos no Brasil. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para descrever as associações bruta e ajustada do alto consumo de alimentos ultraprocessados (escores ≥ 5) com sexo, faixa etária e nível de escolaridade. RESULTADOS A frequência de alto consumo de alimentos ultraprocessados foi 18,2% (IC95% 17,4-19,0). Com ou sem o ajuste para as demais variáveis sociodemográficas, essa frequência foi significativamente menor no sexo feminino e diminuiu linearmente com a idade. Na análise bruta, evidenciou-se aumento na frequência de alto consumo do nível inferior para o nível intermediário de escolaridade e diminuição desse consumo do nível intermediário para o superior. Na análise ajustada por sexo e idade, a frequência de alto consumo de alimentos ultraprocessados foi significativamente menor no nível superior de escolaridade (12 ou mais anos de estudo), não havendo diferenças entre os demais níveis. CONCLUSÃO Alimentos ultraprocessados são consumidos com alta frequência na população brasileira adulta das 27 capitais da federação. Pertencer ao sexo masculino, ser mais jovem e ter escolaridade inferior à universitária são condições que aumentam, de forma independente, o consumo desses alimentos.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Feeding Behavior , Fast Foods , Brazil , Cross-Sectional Studies , Diet , Food Handling
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL